 |
| imagem por FriGeS Gomes// Blog Minha Abstração |
E sempre foi assim. Você de um lado, eu de outro, como em uma de suas fotografias de sua crisma. Até que um dia me deparei com sua foto em um convite de aniversário de quinze anos, no qual não dei a mínima a princípio. Nem fui no seu aniversário.
Com o passar do tempo, não sei se foi só por convivência, ou por que tinha que acontecer independente de qualquer coisa. Aquela foto de convite ali na geladeira, com o tempo, deixou de ser somente uma foto ou um convite. Se tornou algo mais, bem maior, sem explicação, mas se tornou parte de mim ou de nós.
Algumas pessoas se apegam a santos ou algo do gênero, acho que aquela foto era o meu santo, meu amigo, diria até que uma espécie de intercessor, de ligação com você, sei lá. Só sei que se tornou parte de mim. Logo eu que pensava que nunca fosse me apaixonar, ao menos naquela idade, me via ali em frente a sua foto todos os dias, te venerando, admirando, sonhando, amando. E imaginava e falava comigo mesmo: eu preciso dessa mulher, preciso fazê-la feliz.
Me via eu determinado a ir atrás de você para viver esse sentimento que a cada dia se multiplicava dentro de mim. Mas o que era coragem, se tornou em medo de te perder, perder esse elo imaginário no qual eu me imaginava quando estava de frente com sua foto. Era como se esse elo que havia entre mim e você, se caso você dissesse não, fosse quebrar, fosse ser destruído... E isso era o que me aterrorizava, eu precisava daquele sentimento, eu precisava de você aqui comigo, mesmo que isso só fosse verdade pra mim.
Você estava ali, você está aqui! E eu preciso de você aqui comigo, para me salvar todas as vezes que eu me afogar, para me dar uma luz toda vez que eu estiver mergulhado na escuridão, para me dar um abraço toda vez que mergulhado na solidão eu estiver.
Não acredito em milagres e nem coisa do tipo, e sei que as coisas não vêm com nenhuma facilidade, pelo contrário, temos que lutar por tudo aquilo que acreditamos. Mas o fato de ter que pensar, nem que seja ao menos um segundo, em perder o pouco que tenho de você, ou quase nada que tenho de você, me deixa maluco, me deixa com raiva, me deixa com ódio, me deixa com medo, me deixa de luto, me deixa sem vida... Preciso de você pra ter motivos pra sorrir, pra poder acordar imaginando que será tudo diferente, pra acreditar no amor e nas pessoas, pra respirar e pra viver. Minha pequena, a menina mais pequena dessa cidade, preciso de você!
FriGeS Gomes
(Não se esqueça dos créditos em caso de reblog)
