Autor: Jojo Moyes
Editora: intríseca
Páginas: 317
Ano: 2012
“Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes."
A estória do livro resenhado, pode dividir-se em duas partes: "Durante a Primeira Guerra" e " Quase um século depois".
A primeira parte é protagonizada por Sophie Lefévre, que mesmo entristecida e sobrecarregada pelas responsabilidades de cuidar da sua família e do Le Coq Rouge ( Bar/restaurante herdado da família), tenta afrontar de forma subliminar os alemães que ocupam a sua cidade, expondo num lugar bastante visível, seu retrato, pintado pelo marido, Édouard, sendo que na época, quadros como tal, poderiam ser considerados afrontosos ao alemães.
Dias cada vez mais tenebrosos (de fome e frio) se passam na pequena cidade, até que decreta-se que o Le Coq Rouge servirá aos soldados alemães durante a noite. Mesmo contra a vontade Sophie e sua irmã, Heléne, aceitam cozinhar.
Já na primeira noite o novo Kommandant, Friedrich Hencken vê o quadro, e para a surpresa dela, ele não despreza ou julga ofensivo, pelo contrário, admira e tenta conversar sobre.
Com o passar do tempo, a admiração do Kommandant vai se tornando obsessão, mas paralelamente a isso, Sophie passa a vê-lo como ser humano, como ela, e resolve arriscar um pedido de ajuda para encontrar seu marido que depois de batalhar por 2 anos, se encontrava preso em um campo de concentração.
Depois disso, vários fatos vem a tona e a vida da jovem senhora se torna ainda mais complicada.
Algo que por vários anos permanecerá oculto, levará Sophie a "sumir do mapa" e ter seu nome rejeitado pela própria família.
Já na segunda parte, Quase um século depois, o quadro se encontra na parede da viúva Liv Halston, que vem levando uma vida solitária e monótona desde a morte de seu marido, há quatro anos. Enfrentando várias dificuldades, tanto psicológicas quanto financeiras, Liv resolve sair da rotina por um dia e devido a um grande contratempo acaba conhecendo Paul McCafferty e vivendo um breve romance com ele.
O que Liv não sabe até alguns dias depois é que Paul é um advogado que trabalha com a devolução de Obras de Artes Roubas aos seus devidos donos e que seu lindo quadro , comprado por alguns dólares na lua de mel, na verdade é uma obra de artes que custa milhões de reais e está sendo procurado pela família de Édouard Lefévre (marido de Sophie)...
Por ser um presente de grande valor sentimental, Liv resolve lutar contra todos investindo o dinheiro que não tem nisso e procurando preencher as lacunas que foram deixadas vazias na história de Sophie Lefévre.
A estória se torna cada vez mais surpreendente e nos prende do início ao fim.
E o mistério que paira é: Qual foi o destino de Sophie? Porque ela sumiu e foi acusada de traidora antes disso? O Kommandant foi tão humano quanto parecia? Como um quadro que sumiu durante décadas reapareceu na mão de alguém aparentemente inocente?
Liv Halston vai conseguir manter o quadro em suas mãos e desvendar os mistérios em torno da senhora Lefévre?
Como sou fã de enredos que se passam durante as guerras e já tenho experiência com diversos livros do gênero, posso afirmar esse não deixou nada a desejar, levantando a reflexão durante todos os momentos de como muitas pessoas viveram aquilo na vida real. É considerado, porém como um romance, já que narra o amor entre Sophie e Édouard e o caso complicado entre Liv e Paul.
Traz dor, sofrimento, paixão e ódio em suas linhas e nos transmite cada um desses sentimentos. Uma obra lida e sentida.
A capa é linda, mas não tão forte na versão econômica, as folhas por sua vez, são fortes e levemente amareladas.
Esta é uma obra digna de todos que apreciam um bom romance com grandes doses de mistério.
Trechos da obra:
" Essa era a história de nossas vidas: insurreições menores, vitórias miúdas, uma brve chance de ridicularizar nossos opressores, barquinhos de esperança em um mar de incertezas, privações e medos."
"Não conheci a verdadeira felicidade até encontrar você."
"Às vezes a vida é uma série de obstáculos, uma questão de colocar um pé na frente do outro. Às vezes, de repente ela se dá conta, é simplesmente uma questão de fé cega."
Oi Bruna
ResponderExcluirAdorei a sua resenha. Até o momento só li um dos livros da autora, "Baía da Esperança", e gostei bastante, contudo, não cheguei a procurar outros livros da autora para ler.
Já tinha visto a capa de "A garota que você deixou para trás" diversas vezes, mas não procurei saber mais sobre o livro. Não sabia que ele era tão interessante.
Parabéns pela resenha!
Beijos!!
Abobrinha com Chocolate
Só tenho lido boas resenhas em relação a esse livro, o que tem me deixado bastante curiosa para lê-lo. Parabéns pela resenha! Estou seguindo o blog.
ResponderExcluirhttp://lenabattisti.blogspot.com.br/